quinta-feira, 17 de setembro de 2015

  Discursar é como ficar nu (acho que pra mim nudez ainda é tabu). Eu cansei de tirar a roupa pra qualquer um (em ambos os sentidos) e chegar a conclusão de que me expus à toa.
  Eu não percebo o que transmito no discurso, mas eu sei que transmito muito de mim, inclusive pontos fracos e demandas. Isso na mão de alguém aproveitador é uma arma! "Vamos brincar com as (sabem identificar quais) suas demandas e vamos ciscar em cima dele depois" - falam as galinhas-homens. Como percebem quais são as minhas demandas? Pelo implícito no meu discurso - e pela somatização do mesmo.
   Insurge uma pergunta: Como pessoas leigas (todas as que me usaram) têm a capacidade de acessar o implícito? Essa pergunta leva a outra: Será que eu mesmo não explicitei por meio de atos falhos a minha demanda? Devo ter deixado a ponta do ice berg visível, a qual deixou dedutível meu grau de carência. Às vezes acho que o meu implícito no discurso é uma ilusão, porque eu sempre aludo a ele, uma hora ele se torna óbvio.
    A solução é me isolar! Não quero mais "gente bem intencionada" ouvindo minhas querelas ou INVESTINDO tempo em mim, cansei de tamponar as faltas dos outros e nunca ser devidamente retribuído, é um cativeiro.
    Agora eu tenho um escopo, meu isolamento. Não sei o que é isolamento desde que comecei a transar, o sexo era a ponte que me ligava a outro ser e me permitia a interação (mas nunca a satisfação). Agora, nada de flertes, sexo, "amizades" etc.
    Será que eu sabia disso o tempo todo? Será que eu SEI disso mas finjo não saber quando estou com alguém, para que assim eu interaja e por conseguinte exista.

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